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sexta-feira, 4 de abril de 2025

Polícia Federal afasta secretário de Educação de BH

Bruno Barral foi alvo de uma nova etapa da Operação Overclean

Redação Oeste
Bruno Barral já atuou na Secretaria de Educação de Salvador | Foto: Reprodução/TV Globo

Nesta quinta-feira, 3, a Polícia Federal (PF) começou a terceira fase da Operação Overclean, que investiga desvios de emendas parlamentares e fraudes em licitações. Bruno Barral, secretário de Educação de Belo Horizonte, foi afastado de suas funções por causa das suspeitas de envolvimento com uma organização criminosa investigada.

Segundo o portal UOL, Barral já atuou como secretário de Educação em Salvador, onde estabeleceu laços políticos com ACM Neto (União-BA). A nomeação de Barral em Belo Horizonte teria sido influenciada por uma articulação de Marcos Moura, empresário conhecido por seu domínio no setor de resíduos.

A indicação tinha o objetivo de favorecer contratos para um grupo de empresários liderados por Moura. ACM Neto e Moura são figuras proeminentes na cúpula do União Brasil, partido central na investigação da Operação Overclean.

O andamento da operação foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques, relator do caso. A autorização ocorreu depois de indícios de participação de autoridades com foro privilegiado serem identificados.

Polícia Federal investiga fraudes em licitações
Sede da Prefeitura de Salvador | Foto: Divulgação/Prefeitura de Salvador

A investigação teve origem em suspeitas de fraudes em licitações em municípios baianos, envolvendo empresários como Marcos Moura e Alex Parente. Ambos foram alvos de buscas nesta fase.

De acordo com o UOL, há suspeitas de que familiares de Alex Parente estejam destruindo provas e tentando obstruir a investigação. A defesa de Parente declarou não ter acesso completo à decisão judicial para compreender as acusações contra seu cliente.

Esta fase abrangeu 16 mandados de busca e apreensão em Salvador, São Paulo, Belo Horizonte e Aracaju. O caso foi levado ao STF em dezembro, depois de a PF apreender documentos que sugerem pagamento de propina a um assessor de Elmar Nascimento (União-BA), líder do partido na Câmara. Desde então, o processo tramita no STF.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que o caso está em segredo de Justiça e que foi notificada da decisão do STF, que será cumprida. O prefeito Álvaro Damião afirmou que a investigação se refere a atos da Prefeitura de Salvador, sem ligação com Belo Horizonte.

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