RADIO WEB JUAZEIRO : Governo brasileiro recorre de decisão que negou extradição de Oswaldo Eustáquio



sexta-feira, 25 de abril de 2025

Governo brasileiro recorre de decisão que negou extradição de Oswaldo Eustáquio

Espanha sustenta motivação política, mas autoridades brasileiras insistem na tese de que jornalista cometeu delitos comuns

Redação Oeste
O jornalista Oswaldo Eustáquio: Espanha mantém posição de que interesses do STF têm finalidade política | Foto: Reprodução/Instagram/@oswaldoeustaquio4

O governo brasileiro apresentou recurso contra a decisão da Justiça espanhola que negou a extradição do jornalista Oswaldo Eustáquio. Autoridades no Brasil o acusam de envolvimento na tentativa de golpe de Estado e o apontam como um dos mentores de atos antidemocráticos no país.

A Audiência Nacional, um tribunal de segunda instância da Espanha, foi quem emitiu a negativa. Para os magistrados, os crimes atribuídos ao comunicador têm motivação política. Assim, não se enquadram como infrações de direito comum, conforme estabelece o tratado de extradição firmado entre os dois países.

Governo quer participar do processo

O governo brasileiro solicitou que o caso seja reavaliado pelo plenário da Corte espanhola. A decisão inicial partiu de uma espécie de turma da Audiência Nacional. O recurso busca ampliar a análise da extradição.

Além disso, o Brasil pediu para ser formalmente incluído como parte no processo. Conforme autoridades, uma solicitação anterior não chegou a tempo, o que impediu qualquer manifestação oficial durante o julgamento da extradição.

As autoridades brasileiras discordam da interpretação da Justiça espanhola de que o pedido de extradição tem caráter político. De acordo com o governo, Eustáquio teria cometido crimes comuns ao participar de atos antidemocráticos e planejar ações contra a ordem institucional.

O jornalista é alvo de dois mandados de prisão que a Justiça brasileira emitiu. Entre os crimes pelos quais Eustáquio está sob investigação constam obstrução de Justiça, divulgação de dados sigilosos, perseguição, ameaça, corrupção de menores e crimes contra a democracia.

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