Advogado interpelou até mesmo sobre a realização de exames médicos
Cristyan Costa
Adalgiza Maria Dourado, presa em razão do 8 de janeiro, está detida no Presídio Femino do Distrito Federal, conhecido como Colmeia | Foto: Reprodução/Redes sociaisA defesa da aposentada Adalgiza Maria Dourado, de 65 anos, condenada a 14 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por causa do 8 de janeiro, fez um apelo ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, na terça-feira 29.
Conforme o advogado de Adalgiza, Luiz Felipe, a situação da mulher se agravou depois de uma queda sofrida na cadeia durante a Páscoa. Desde o acidente, Adalgiza relata dores intensas. De acordo com a defesa, ela não recebeu nenhum tipo de medicação nem atendimento médico adequado por parte da unidade prisional.
“Causa perplexidade o fato de que, três dias antes, foi elaborado um laudo pericial supostamente médico, requerido pelo ministro relator do STF, Alexandre de Moraes”, informou a defesa. “Tal laudo foi assinado por três profissionais — uma médica, uma psicóloga e um enfermeiro — contudo, apenas a doutora Rayssa esteve presencialmente no local. A presença dos demais (psicóloga Eliude e enfermeiro Antonival) é questionável, sendo certo que a custodiada sequer conhece o referido enfermeiro, o que reforça indícios de irregularidade no documento oficial.”
Dessa forma, a defesa solicitou a Ibaneis o acesso imediato às imagens do circuito interno de segurança da Colmeia e a “apuração rigorosa dos fatos narrados”, além do afastamento emergencial dos servidores envolvidos até a conclusão das investigações.
Advogado de Adalgiza Dourado aciona a OEA
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, durante sessão plenária na Corte – 19/2/2025 | Foto: Wilton Junior/Estadão ConteúdoOntem, o advogado de Adalgiza acionou a Organização dos Estados Americanos novamente.
A razão é o relatório médico e novas violações de direitos humanos que estariam sendo cometidas contra a idosa.
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