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terça-feira, 8 de abril de 2025

Banco Master à beira do abismo Banco Master à beira do abismo

Carlo Cauti expõe a teia de articulações que levaram à ascensão e à queda da instituição

Mateus Conte
Sede do Banco Master | Foto: Divulgação/Banco Master

Uma operação financeira, a atuação de um dos principais responsáveis pelo banco e conexões com integrantes dos Poderes da República são os elementos centrais do caso que envolve o Banco Master, descrito pelo jornalista Carlo Cauti na Edição 263 da Revista Oeste.

Cauti descreve como um banco de atuação limitada, liderado por um empresário com vínculos com o governo Lula e o Supremo Tribunal Federal, passou a ter impacto relevante sobre o sistema financeiro nacional.

Com patrimônio limitado, o Banco Master captou bilhões por meio de CDBs com altas rentabilidades, amparado pela garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Segundo o autor, as operações do banco chegaram a representar uma parcela significativa da exposição total do FGC.

A captação realizada pelo Banco Master foi acompanhada por uma estratégia de investimentos que incluiu aportes em empresas com dificuldades financeiras, precatórios de liquidação incerta e operações de pouca transparência. Além disso, o banco passou a investir diretamente em ações de empresas que não estavam listadas na Bolsa de Valores.

Banco Master pode ser comprado pelo BRB

Outro ponto abordado é a possibilidade de o Banco Master ser parcialmente adquirido pelo Banco de Brasília (BRB), instituição financeira controlada pelo governo do Distrito Federal. A operação envolveria recursos públicos e resultaria na aquisição de uma participação minoritária, sem controle acionário, segundo o artigo.

A reportagem também destaca as conexões institucionais do Banco Master. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski foi contratado pela instituição antes de assumir o cargo de ministro da Justiça.
Alexandre de Moraes, ministro do STF, julga denúncia sobre o núcleo 1 da Pet 12.100 | Foto: Antonio Augusto/STF

O nome do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega também é citado pelo artigo. Além disso, o escritório de advocacia que representa o banco tem entre seus sócios familiares do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Cauti encerra a reportagem com um questionamento: como uma instituição de pequeno porte, com vínculos políticos e práticas operacionais que levantam dúvidas, alcançou uma posição que pode representar risco ao sistema financeiro? O artigo “Ascensão e queda do Banco Master” está disponível a todos os mais de 100 mil assinantes da Revista Oeste.

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