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quarta-feira, 16 de abril de 2025

8 de janeiro: Moraes quer provas de que idosa está com problemas de saúde, e defesa reage

O advogado Luiz Felipe Cunha afirma ser estranho que o mesmo presídio, ‘que desde 2024 tem tratado Adalgiza Maria Dourado com descaso’, ateste suas condições

Uiliam Grizafis
Adalgiza Maria Dourado está presa no Presídio Feminino do Distrito Federal, em razão dos atos do 8 de janeiro | Foto: Reprodução/Redes sociais

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que o Presídio Feminino do Distrito Federal ateste, por meio de uma junta médica, o estado de saúde de Adalgiza Maria Dourado. A idosa, de 65 anos, está presa em razão dos atos do 8 de janeiro.

O advogado Luiz Felipe Cunha, que defende a idosa, afirma que ela não tem recebido tratamento adequado no presídio. Ela sofre de depressão profunda, pensamentos suicidas, crises de ansiedade e comorbidades dentro da cadeia. A defesa levou o caso à Organização dos Estados Americanos para denunciar a violação de direitos humanos.

O ministro Alexandre de Moraes, durante uma sessão plenária no STF – 13/3/2025 | Foto: Ton Molina/Estadão Conteúdo

Cunha se manifestou sobre a decisão de Moraes de querer provas sobre o estado de saúde da idosa. Para o advogado, é estranho que o ministro ordene o presídio atestar suas condições físicas e emocionais. De acordo com ele, o mesmo sistema prisional “tem tratado a idosa com descaso desde 2024”.

Presídio não realizou atendimento psicológico adequado para Adalgiza

A defesa alega que desde o ano passado o presídio não realizou “nenhum atendimento psicológico ou psiquiátrico adequado”. Cunha ainda afirma que o sistema prisional tampouco fez exames cardiológicos necessários, como avaliação de arritmia cardíaca.

“Em vez disso, a custodiada é apenas sedada com altas dosagens de medicação, o que agrava o estado de saúde mental e físico”, afirma Cunha. “Diante do contexto, esperamos que o laudo a ser emitido reflita, com fidelidade e responsabilidade, o verdadeiro e crítico estado de saúde de Adalgiza, sem acobertamentos ou omissões.”

Presa pelo 8 de janeiro não consegue se alimentar corretamente no presídio

Adalgiza Maria Dourado, de 65 anos: problemas de saúde devido a condições precárias em presídio | Foto: Reprodução

De acordo com Cunha, a idosa não consegue se alimentar corretamente, em razão da má qualidade da comida que é oferecida no presídio. Ele ainda afirma que Adalgiza chora diariamente na Colmeia, em razão da depressão profunda.

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