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sexta-feira, 28 de março de 2025

EUA prometem resposta severa se Venezuela atacar Guiana

Para os Estados Unidos, as reivindicações territoriais da ditadura de Maduro são ilegítimas

Loriane Comeli
Presidente da Guiana, Irfaan Ali, e Marco Rubio - 27/03/2025 | Foto: Reprodução/X/@SecRubio

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou nesta quinta-feira, 27, que os Estados Unidos responderão com força se a Venezuela atacar a Guiana na disputa territorial em andamento que envolve enormes reservas de petróleo e gás. Rubio disse que seria um “dia muito ruim” para a Venezuela se isso acontecesse.

Ele fez uma breve parada em Georgetown, capital da Guiana, na quinta para conversar com o presidente do país, Irfaan Ali, e outras autoridades, antes de viajar para o Suriname.

“As ameaças regionais são baseadas em reivindicações territoriais ilegítimas de um regime de narcotráfico”, declarou Rubio aos repórteres em uma coletiva de imprensa conjunta com Ali. “E quero ser franco: haverá consequências para o aventureirismo. Haverá consequências para as ações agressivas.”

Em uma postagem no Twitter/X, Marco Rubio disse que o encontro com Irfaan Ali fortaleceu “laços econômicos e de segurança entre nossas duas nações”. “Os Estados Unidos estão com a Guiana em apoio à sua integridade territorial contra o regime de Maduro”

O presidente da Guiana também compartilhou imagens do encontro e falou em reforço da “parceria duradoura entre nossas nações”.

A reação de Maduro

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu e chamou Marco Rubio de “imbecil”. “A Venezuela não é ameaçada por ninguém, pois esta é a terra dos libertadores, a terra de Bolívar, imbecil”, declarou Maduro durante um evento oficial.

Com os projetos da ExxonMobil na Guiana, o pequeno país sul-americano, com 800 mil habitantes e língua inglesa, está prestes a se tornar o maior produtor de petróleo per capita, superando Catar e Kuwait.
As ameaças da Venezuela contra a Guiana

A tensão entre Georgetown e Caracas tem aumentado: no começo deste mês, a Guiana denunciou a incursão de um navio militar venezuelano em suas águas, o que foi refutado pela Venezuela.

Nas eleições de governadores e deputados ao Parlamento, marcadas para 25 de maio, a Venezuela convocou, pela primeira vez, a escolha de autoridades para Essequibo, sem esclarecer como será realizado o processo. Georgetown ressaltou que aqueles que participarem serão presos e acusados de “traição”.

A Guiana diz que as fronteiras atuais foram estabelecidas por um laudo arbitral de 1899, realizado em Paris. Já a Venezuela apoia o Acordo de Genebra, assinado em 1966 com o Reino Unido, antes da independência da Guiana, que anulava o laudo e buscava uma solução negociada.

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