RADIO WEB JUAZEIRO : Marca de automóveis chinesa abandona o mercado no Brasil



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Marca de automóveis chinesa abandona o mercado no Brasil

Especializada em carros elétricos, empresa vendeu apenas 8 veículos e durou um ano no país

Fabio Boueri
Os modelos Seres 3 e Seres 5, da fabricante chinesa: apenas 8 carros vendidos em um ano | Foto: Seres/Divulgação

Mais uma empresa parece não ter suportado o atual e hostil ambiente econômico brasileiro. A bola da vez é a marca de automóveis chinesa Seres. Fundada originalmente em 2016 nos Estados Unidos, a companhia se apresenta como especializada em “veículos elétricos inteligentes”.

Sem retorno nos negócios, a fabricante asiática fechou as duas concessionárias que tinha na Grande São Paulo, depois de funcionar entre julho de 2023 e julho de 2024. Além de descontinuar a operação física, a empresa eliminou qualquer tipo de contato virtual. Desativou seu site e não atualiza mais seus perfis no Instagram nem no Linkedin. O telefone informado não recebe mais ligações.

Marca pretendia fazer reestruturação

Conforme a revista Autoesporte, havia em curso um plano de reestruturação para a companhia, mas pelo jeito não foi adiante. As informações são de que a marca conseguiu vender apenas oito unidades da sua frota composta dos modelos Seres 3 e Seres 5. O valor inicial do modelo de entrada girava em torno de R$ 220 mil.

A Secretaria da Fazenda de São Paulo declara que existem registros de CNPJ em nome da Seres Brasil Ltda. No entanto, todos estão baixados, ou seja, tiveram seus registros formais cancelados.

Se existem empresas que estão indo embora pelas condições econômicas desfavoráveis, há também aquelas que desistem de vir para o Brasil. Um exemplo é o gigante do varejo de moda japonês, a Uniqlo. Com mais de 3 mil lojas espalhadas pelo mundo, a empresa sondou ingressar no mercado brasileiro.

Seria um importante reforço para a geração de empregos no setor de comércio, além de ganhos associados a logística, pagamentos de impostos, compras de matéria-prima, entre outras necessidades inerentes ao negócio. No entanto, executivos da companhia se assustaram com a complexidade do sistema tributário nacional e, pelo menos a partir do Brasil, abandonaram a ideia de fincar presença na América do Sul.

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