RADIO WEB JUAZEIRO : Boulos parece estar no 'modo desespero', afirma Estadão



quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Boulos parece estar no 'modo desespero', afirma Estadão

Candidato com a campanha eleitoral mais cara do Brasil envia Carta ao Povo de São Paulo

Redação Oeste
Guilherme Boulos: deputado federal pelo Psol e candidato a prefeito da capital paulista | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O PT e o Psol, que pregam a luta de classes e se opõem às tentativas de aliviar o peso do Estado sobre o trabalhador, querem que o eleitor acredite que a sua “vedete”, Guilherme Boulos, virou campeã do empreendedorismo. A afirmação é do jornal O Estado de S. Paulo, que critica o “modo desespero” no qual o candidato à Prefeitura de São Paulo entrou nesta reta final da campanha eleitoral.

Um recente levantamento da Quaest mostra uma distância de quase 10 pontos porcentuais entre Boulos e o seu adversário, o prefeito atual Ricardo Nunes (MDB), nas intenções de voto.

Para tentar uma reviravolta nas urnas no próximo domingo, 27, o candidato da chapa PT-Psol resolveu anunciar, no início desta semana, algo “inédito na história das campanhas eleitorais”: a Carta ao Povo de São Paulo.

“O anúncio é uma versão mimeografada da Carta ao Povo Brasileiro, fabricada pelos marqueteiros do ‘Lulinha paz & amor’ na campanha de 2002″, ironiza o Estadão.

Carta de Boulos, o ‘feroz extremista’
Guilherme Boulos, em entrevista coletiva, depois de apresentar suas propostas de governo para a população – 25/9/2024 | Foto: Yuri Murakami/FotoArena/Estadão Conteúdo

De acordo com a análise do jornal, a Carta ao Povo de São Paulo faz um arremedo de mea-culpa. É que, “de tanto olhar para os ‘invisíveis’, a esquerda teria tapado os olhos – além de ouvidos, boca e quiçá o nariz – aos pequenos empreendedores’.

“Na ânsia de provar que o feroz extremista de esquerda havia se convertido num campeão das liberdades individuais, Boulos admite que ‘deixamos de falar com tanta gente que batalha’; e vem a epifania da sua carta: ‘A periferia mudou'”.

Ao Estadão, em 2014, Boulos se pronunciou como “um marxista com a missão de acumular forças políticas para a revolução socialista”. O editorial lembra dos tempos em que o revolucionário deixou de queimar pneus e invadir propriedades. Tudo para “tentar a sorte nas urnas”, em 2018, pelo Psol. Ele dizia: “o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto não é um movimento de moradia, mas um projeto de acumulação de forças para mudança social”.

Já de barba aparada e terno bem cortado, o deputado federal tem a campanha eleitoral mais cara do Brasil em 2024: são R$ 65 milhões em receitas.

“Que ironia ver uma candidatura impulsionada com milhões do contribuinte buscando seduzir o eleitor que perdeu a esperança por achar que são todos iguais”, afirma a publicação. “A tal Carta ao Povo de São Paulo diz que ‘é difícil diferenciar quem está de verdade do seu lado dos que querem te enganar’. Mas, no caso do PT, do Psol e do seu candidato Boulos, talvez não seja tão difícil assim”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por seu comentário.

COMPARTILHE