RADIO WEB JUAZEIRO : Lula deve visitar a Bolívia depois de tentativa de golpe militar no país



quinta-feira, 27 de junho de 2024

Lula deve visitar a Bolívia depois de tentativa de golpe militar no país

Chefe do Executivo brasileiro pretende se encontrar com o presidente Luis Arce depois da cúpula do Mercosul em 8 de julho

REDAÇÃO OESTE-
Lula deve emendar ida à Bolívia depois de viajar para o Paraguai, em julho | Foto: | Foto: Ricardo Stuckert/PR

A tentativa de golpe militar na Bolívia, pode impactar a agenda internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de participar da cúpula do Mercosul em 8 de julho no Paraguai, o chefe do Executivo brasileiro planeja viajar à Bolívia para se encontrar com o presidente Luis Arce.

Lula e Arce já se reuniram em março deste ano em Kingstown, São Vicente e Granadinas, durante a VIII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). O novo encontro deve ocorrer depois da tentativa de golpe militar na Bolívia, nesta quarta-feira, 26.

Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil já havia emitido uma nota em que condenou a tentativa de golpe militar na Bolívia. 

Além das afinidades políticas, os presidentes compartilham uma agenda bilateral significativa. Entre os projetos, destaca-se a construção da ponte ligando Guajará-Mirim (RO), no Brasil, a Guayaramerín, na Bolívia, prevista para 2027, e a hidrovia Ichilo-Mamoré, facilitando exportações bolivianas pela Amazônia brasileira.

Há negociações em andamento, a pedido da Bolívia, para que a Petrobras invista na prospecção de gás no território boliviano. O governo boliviano também almeja uma parceria com o Brasil para explorar suas reservas de lítio, que somam aproximadamente 23 milhões de toneladas.
Militares fecham praça em La Paz, na Bolívia, em tentativa de golpe | Foto: Reprodução/Redes sociais
Tentativa de golpe militar na Bolívia

O presidente Arce convocou os bolivianos a se mobilizarem depois de denunciar a tentativa de golpe militar com tropas e blindados posicionados em frente ao palácio presidencial. Por volta das 16h30 (horário de Brasília), a imprensa local relatou a presença de blindados e militares nas proximidades do governo.

O general Juan José Zúñiga, líder do motim, chegou ao local em um blindado e armado. Disse que “a mobilização de todas as unidades militares” busca expressar seu descontentamento “com a situação do país”. E declarou que “não pode haver essa deslealdade.”

Vídeos nas redes sociais mostraram um blindado avançando contra o palácio e tentando derrubar uma porta metálica. Após entrar brevemente no edifício, Zúñiga foi confrontado por Arce, que afirmou que não iria “permitir essa insubordinação”.

Os militares lançaram gás lacrimogêneo e dispararam contra cidadãos que gritavam: “Eu luto, vocês não estão sozinhos”. Países latino-americanos e a Organização dos Estados Americanos (OEA) defenderam a liderança boliviana e exigiram respeito aos valores democráticos.

O Brasil condenou “nos mais firmes termos” a tentativa de golpe, enquanto o governo de Joe Biden pediu “calma” em La Paz.
General Juan José Zúñiga, na Praça Murillo, em La Paz | Foto: Reprodução/La Razón

Nomeação de novo comandante do exército

Arce nomeou José Sánchez Velázquez como novo comandante do exército, depois de rumores sobre a destituição de Zúñiga, que ocupava o cargo desde novembro de 2022. Zúñiga havia declarado que Evo Morales “não pode mais ser presidente deste país”.

Sánchez, ao assumir, ordenou que os militares retornassem às suas unidades. Segundo a agência de notícias AFP, os soldados começaram a deixar as imediações da sede do governo.

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